O Brasil está ascendendo no cenário global da energia solar fotovoltaica, encerrando o ano de 2023 com uma potência instalada total de 37,4 gigawatts (GW). Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o país saltou duas posições e agora ocupa o 6º lugar no ranking mundial, impulsionado pela adição de impressionantes 11,9 GW de capacidade solar ao longo do ano passado, conforme dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA).
No entanto, os números de dezembro já estão defasados. Até o final de março deste ano, o Brasil alcançou a marca de 41 GW em capacidade solar, conforme informações do Portal Solar. Esse crescimento foi impulsionado tanto pelo segmento de geração centralizada, composto por grandes usinas solares contratadas em leilões de energia do governo, que atingiram uma potência operacional de 13 GW, quanto pelo mercado de geração distribuída, onde consumidores instalam painéis solares em suas propriedades, ultrapassando os 28 GW de capacidade instalada.
A performance do Brasil em 2023 não passou despercebida no cenário global. De acordo com a IRENA, o país foi o 4º maior mercado de energia solar do mundo em termos de potência adicionada no ano passado. Este crescimento impressionante atraiu mais de R$ 59,6 bilhões em novos investimentos, representando um aumento de 49% em comparação com os investimentos acumulados até o final de 2022.
Apesar do avanço no ranking mundial, o Brasil ainda está significativamente atrás do 5º colocado, a Índia, que possui uma potência acumulada de energia solar de 72,7 GW. Os líderes do top 5 são China (609,3 GW), Estados Unidos (137,7 GW), Japão (87,1 GW) e Alemanha (81,7 GW).
O avanço do Brasil no setor solar reflete não apenas a crescente conscientização sobre a importância das energias renováveis, mas também o potencial de crescimento e desenvolvimento econômico do país nesse setor promissor. Com investimentos contínuos e políticas favoráveis, o Brasil está no caminho certo para se consolidar como um dos líderes globais na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.